Dia 27/01/2010 as 14:00 horas
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Informações e notícias sobre tecnologia da "TV Digital" enfocando a "Interatividade" e seus benefícios sociais.
A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) planeja lançar até o segundo semestre de 2010 uma plataforma de interatividade para TV Digital por onde oferecerá serviços básicos ao cidadão.
O TV Digital Social é baseado no middleware Ginga e foi criado após trocas de informações com a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e as Universidades Federais da Paraíba e do Rio Grande do Sul.
"O projeto não pretende gerar apenas um aplicativo. Queremos trazer serviços disponíveis na internet ou no telefone para a TV. Pretendemos oferecer futuramente serviços interativos” pelo sistema brasileiro de TV Digital, diz Edson Castilho, gerente de serviço da Dataprev.
Segundo Castilho, o projeto prevê ainda ferramentas para outros órgãos federais, citando como exemplos o Ministério do Trabalho e Emprego, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou a Secretaria da Receita Federal.
O primeiro aplicativo a ser oferecido permitirá consultas ao calendário e à tabela de pagamentos da Previdência Social, além de indicar a agência mais próxima à casa do contribuinte baseado no seu CEP.
Já demonstrado publicamente pela Dataprev, O aplicativo também tem integração com a conta no Twitter da Previdência Social, segundo Castilho.
As consultas exploram funções interativas simples e exigem que o set-top box do usuário esteja conectado à internet, seja ela em banda larga do tipo ADSL, cabo ou 3G, afirma o executivo.
"Com a interatividade plena, podemos criar aplicativos que interajam com banco de dados", explica Castilho.
Tal interação permitiria que perícias médicas sejam marcadas, auxílios de maternidade ou de reclusão sejam requeridos e recadastramentos sejam feitos pela TV, afirma.
A estreia da plataforma de interatividade da Dataprev depende ainda de negociações com a Empresa Brasileira de Comunicação, de acordo com o executivo.
Caros,
Estamos disponibilizando a partir de hoje (02/12/2009) um ambiente para acompanhamento e participação do desenvolvimento dos projetos relacionados ao Ginga-J.
Serão disponiblizados inicialmente 2 (dois) projetos em andamento: (1) candidate release da implementação de referência Ginga-J e (2) o emulador Ginga-J.
Para acessar o ambiente, por favor se cadastre na seguinte URL:
http://ginga.lavid.ufpb.br
É recomendado que o cadastro utilize o mesmo e email da comunidade Ginga, pois isso vai facilitar uma futura migração (ver explicação abaixo).
Inicialmente todos serão cadastrados como observadores (viewers) dos projetos, com essa permissão já é possível ter acesso às seguintes funcionalidades:
Como ainda estamos integrando o código do Ginga-NCL e Ginga-J, decidimos em conjunto com a PUC-Rio, hospedar o desenvolvimento Ginga-J num ambiente temporário fora do Portal do Software Público. A partir da integração das duas implementações e adaptação das ferramentas do Portal do Software Público, migraremos o ambiente para o Portal do Software Público dentro da Comunidade Ginga.
Entretanto, vamos continuar utilizando o Portal como canal de comunicação.
Em breve divulgaremos mais informações sobre a utilização do ambiente e participação em cada projeto.
Qualquer dúvida estamos à disposição.
Atenciosamente.
O governo federal prevê gastar até R$ 2,8 bilhões, em 20 anos, na transmissão dos canais de televisão estatais em sinal digital. A rede de transmissão será construída pelo setor privado, que terá concessão para prestar serviço à EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
A empresa (ou consórcio de empresas) que construirá e administrará a rede deverá ser escolhida em concorrência internacional. A minuta do edital da licitação foi colocada em consulta pública apenas três dias antes da virada do ano.
O edital admite a possibilidade de a concessão ser prorrogada para até 35 anos. A EBC fará duas audiências públicas para discutir o edital: uma no Rio de Janeiro, no dia 27 deste mês, e outra no dia seguinte, em Brasília. As regras terão de ser aprovadas pelo Tribunal de Contas da União antes da licitação.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financiará o vencedor da licitação na compra de equipamentos e serviços produzidos no Brasil. O empréstimo oficial pode cobrir até 80% do valor do empreendimento.
Pelo projeto da EBC, até o final de 2014 os 273 municípios com população acima de 100 mil habitantes estarão cobertos pela rede pública de TV digital. É um público total estimado em 121 milhões de habitantes, o que daria alcance nacional não obtido com a TV analógica.
A empresa pretende que o sistema seja inaugurado nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte ainda no governo Lula.
Segundo o gerente jurídico da EBC Marco Antonio Fioravante, os R$ 2,8 bilhões são o valor máximo admitido no edital para remuneração pelo uso da rede, em 20 anos de concessão.
O desembolso anual máximo previsto é de R$ 160 milhões, quando todos os equipamentos estiverem implantados. A EBC espera que, com a realização da licitação internacional, o custo seja reduzido substancialmente.
Por determinação dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, os equipamentos terão de ser devolvidos ao governo ao final do contrato de concessão.
Grupos estrangeiros
O vencedor da licitação construirá a infraestrutura de transmissão e será remunerado pela EBC para transmitir os canais estatais (TV Brasil, TV Senado, TV Câmara e TV Justiça, entre outros) citados no decreto do presidente Lula que autorizou a televisão digital.
A remuneração obedecerá a um critério variável de parcelas que terá, como principal parâmetro, a qualidade do serviço prestado. Portanto, interrupções na transmissão serão descontadas no pagamento.
A terceirização da rede de transmissão de TV digital foi inspirada nas experiências de Japão, França e Espanha. A japonesa Marubeni e o grupo francês TDF, que administram redes de transmissão de radiodifusão em seus países, são pré-candidatos ao leilão --ambos participaram de reunião com a EBC no final do ano passado, na sede do BNDES, no Rio.
Após o encontro com a direção da EBC, os empresários interessados tiveram audiências individuais com técnicos do BNDES para conhecer as condições do empréstimo.
A Folha apurou que está em curso uma articulação para que um consórcio nacional dispute a licitação. Entre os integrantes do consórcio brasileiro está a empresa mineira STB (Superior Technologies in Broadcasting), fabricante de sistemas de transmissão de TV, de Santa Rita do Sapucaí (MG).
O presidente da empresa, Armando Lemes, já havia ameaçado entrar com ação judicial para pedir a impugnação do edital. Segundo ele, se um grupo estrangeiro vencer a licitação, a tendência é que os equipamentos sejam trazidos do exterior e que os fabricantes nacionais percam mercado.
A EBC atuará como distribuidora dos demais canais públicos federais no sistema digital. Receberá a programação das TVs Câmara, Senado e Justiça e, ainda, dos canais que serão produzidos pelos ministérios da Educação e da Cultura, e os entregará ao operador da rede pública de TV digital.
A ideia é que a rede tenha três canais digitais nacionais, com programação gerada em Brasília, e um canal local, em cada capital. A tecnologia digital permite que um canal transmita até oito programações diferentes simultaneamente.