terça-feira, 28 de abril de 2009

TV Digital: Sun garante que compra pela Oracle não muda negociação


A reunião desta segunda-feira, 27/04, do Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD definiu alguns pontos importantes.
"No que diz respeito ao Ginga-J, a negociação continua. Haverá uma reunião amanhã 928), lá nos Estados Unidos, para discutir valores. O que nos foi dito é que a compra pela Oracle não muda nada do que já estava em andamento", explica André Barbosa, asssessor especial da Casa Civil, com assento no Fórum.
"Ficaram de nos dar uma resposta até sexta-feira. E se ela chegar aos valores que consideramos ideal para a indústria, o presidente do Fórum já está autorizado a enviar a norma Ginga-J com as APIs Java DTV para a ABNT, para a consulta pública. Do ponto de vista técnico, a especificação já está aprovada", concluiu ele.
O valor de referência para negociação é abaixo do US$ 0,69 cobrados hoje e o mais próximo possível de US$ 0,40 pretendidos pela indústria, e que já é o valor praticado como alguns fabricantes multinacionais.
Há pessoas no Fórum otimistas quanto o resultado das negociações com a Sun. Agora, no que diz respeito a este aspecto, a melhor postura é aguardar os dedobramentos dessa negociação. Talvez, por isso, a posição oficial do Fórum SBTVD, segundo sua assessoria de imprensa, é a de que ainda não há uma posição final a respeito da especificação do Ginga para conversores fixos e TVs com conversores embutidos.
Um membro do Conselho Deliberativo resumiu em poucas palavras a situação: "Dizer que a decisão foi protelada, é muito forte. Dizer que nada foi decidido, é muito forte também".
Decidido mesmo, hoje, segundo André Barbosa, foi a criação de um grupo ad doc para auxiliar o Peru na adoção do padrão nipo-brasileiro de TV Digital. A primeira atividade deverá ser auxiliar os peruanos na criação de seu próprio Fórum, Depois auxiliá-los com relação a harmonização das especificidades técnicas dos padrões Arib, SBTVD e do próprio Fórum perunao durante a definição do o seu sistema.
A intenção do Brasil é se colocar a disposição de todos os outros países da América do Sul que decidirem adotar o padrão nipo-brasileiro, tanto no que diz respeito à cooperação técnica, como para auxiliá-los também na criação de seus próprios fóruns e articular para que os fóruns de todos os países formem um grande fórum internacional da região.
Fonte :
Publicação 27/04/2009 15:10 :: Cristina De Luca

sábado, 25 de abril de 2009

Interatividade, sincronismo e documentos NCL

A linguagem NCL está estruturada para organizar mídias. Dessa forma ela gerencia o comportamento de mídias no tempo e no espaço. Como já comentado em artigo anterior, não é possível criar nada através da NCL; tudo deve ser desenvolvido em outros ambientes. A linguagem é responsável por colar essas mídias umas nas outras, o que determina o comportamento da aplicação através da atribuição de condições e ações. Assim, uma aplicação para TV digital pode ter apenas elementos de sincronismo das mídias, sem qualquer participação do usuário.

Antes de entrarmos em detalhes, vamos separar a interatividade das ações de sincronismo no tempo e no espaço sem participação do usuário. Tecnicamente, a interatividade se caracteriza por uma ação do usuário através do controle remoto que gera um retorno no sistema de TV digital. Dessa forma, pode aparecer, por exemplo, um botão vermelho na tela da TV informando que há uma interatividade disponível (para quem possui TV por assinatura digital esse recurso é amplamente explorado). Ao apertar o botão vermelho do controle remoto o set top box responde parando esse botão vermelho e inicia a interatividade correspondente.

Por esse exemplo, podemos perceber que o botão vermelho apareceu sozinho. Ou seja, isso não foi interatividade. Apenas uma relação de sincronismo no tempo e no espaço. No tempo porque o botão apareceu em um determinado tempo do vídeo, que pode ser definido pela emissora de TV. Por exemplo, durante um jogo de futebol, o botão vermelho sinaliza que saiu gol em um outro jogo. Ao apertar o botão vermelho do controle remoto (ação interativa) aparece uma tela informando qual foi o jogo, quem fez o gol, o placar e outras estatísticas.

O sincronismo é no espaço porque o botão vermelho aparece em uma determinada região da tela da TV. Essa região é definida por valores absolutos (em pontos) ou por valores relativos (em percentual). Como fazer cada declaração dessas será visto nos próximos textos.

Portanto, para fazer o botão vermelho aparecer na tela precisamos definir uma região para ele e um momento no qual ele deve aparecer. Podemos tratar da seguinte forma: quando o programa voltar do intervalo comercial, na vinheta de retorno, o botão aparece para sinalizar que existe uma interatividade. Porém, para desenvolver esse exemplo, vamos antes ver a estrutura de um documento NCL.

A sintaxe e a estrutura de documentos NCL são muito similares ao HTML. Portanto, tem um cabeçalho e um corpo do documento. Toda declaração deve ser aberta com uma tag <>, como no exemplo abaixo.

Neste exemplo temos uma seção de descritores, que faz parte do cabeçalho do documento, onde há uma abertura da base com a tag , que é fechada . Dentro dela estão os descritores, que começam com e terminam com . Tudo na linguagem NCL segue essa sintaxe. Ah, os termos são em inglês mesmo. Todos.

Por falar em seções dentro do cabeçalho, podemos ter uma base de regiões (onde descrevemos as regiões em que as mídias devem aparecer); uma de descritores (que por hora vamos chamar de elementos de ligação entre as regiões e as mídias); uma de regras (para trabalhar e testar variáveis); uma de conectores (para determinar quando as mídias devem aparecer); e uma de transições (um conjunto de transições que podem ser usadas nas mídias).

Já no corpo do documento, declaramos as mídias e os links. Além disso, como toda linguagem NCL é estruturada sob o paradigma da causalidade (para que algum efeito ocorra é necessário um causa), é preciso especificar uma porta de entrada no contexto Body. Essa porta iniciará a primeira mídia a partir da qual todas as demais ações acontecem. A estrutura do documento está na figura a seguir:

Dessa forma, para que nosso botão apareça na tela é preciso declarar:

  1. uma região em que ele vai aparecer;
  2. um descritor que vai ligar essa região à mídia;
  3. uma mídia que vai apontar para o botão.

A região pode ser descrita da seguinte forma:

Nessa figura, abrimos a regionBase e declaramos uma região, onde:

  1. id é nome da região;
  2. width é a largura;
  3. height é a altura;
  4. left é a distância da região em relação à margem esquerda da TV;
  5. top é a distância da região em relação à margem superior da TV.

Vamos criar o descritor:

Abrimos a base de descritores e colocamos o descritor dentro, declarando a qual região ele se refere. A parte de descritores está simplificada ao máximo aqui. No futuro iremos tratar desse tema em vários outros artigos, pois os descritores são fundamentais para determinar o comportamento inicial das mídias.

Tendo encerrado a parte mínima do cabeçalho, vamos criar o corpo do documento:

Nesse caso, criamos o corpo do documento , uma porta, responsável pelo começo da aplicação, com um nome e um componente (que é a mídia inicial). Também descrevemos a mídia, com um nome, o descritor que ela irá utilizar e que vai definir a região em que ela deve aparecer, e uma localização da mídia, criada anteriormente em um editor de imagens. Essa localização aponta para onde o arquivo está salvo e armazenado. No caso, há uma pasta chamada media no mesmo nível onde está o arquivo .ncl.

A aplicação completa deve ter essa cara:

Antes de terminar é necessário salientar que o nome (id) de qualquer elemento da linguagem NCL não pode ser repetido. A sintaxe não aceita dois objetos com o mesmo nome. Uma dica para evitar esse problema é sempre começar o nome com letras que indicam a base em que ele está inserido. Assim, qualquer ID de região começa com Rg; de descritor com d; de porta com p; e assim sucessivamente. Não é uma regra, mas ajuda bastante.

Agora é só testar a aplicação em alguma ferramenta de teste, descrita em texto anterior. O mais simples é abrir o emulador para Windows e executar o arquivo .ncl. Ao dar play deve aparecer o botão no lado superior esquerdo. Essa aplicação é o exemplo mais simples de documento NCL.


Neste exemplo não tratamos de vídeo, uma vez que o mesmo já estaria no ar. Apenas colocamos um botão vermelho sobre ele. Nos próximos textos iremos aprofundar mais elementos de sincronismo, para chegar na interatividade propriamente dita.

Fonte http:://



A venda da Sun

Como era de se esperar, a Sun Microsystems foi finalmente vendida. Não para a IBM, que fez a primeira propostas concreta, mas para a Oracle, empresa muito forte no setor de software corporativo, por US$ 5,6 bilhões. A Oracle deixou claro que o interesse pela quase falida Sun (prejuízo de quase U$S 2 bilhões no último ano, com um faturamento de U$S 13 bilhões) está nos servidores da companhia. Pouco se noticiou sobre a linguagem Java, muito comum em servidores e celulares, mas praticamente fora da web.
Isso traz preocupações com a escolha pelo JavaDTV como middleware procedural do ISDB-T@b e baseado no Java. No contrato assinado entre o Fórum do SBTVD e a Sun não tem qualquer garantia de manutenção do padrão, que é de propriedade da Sun, agora Oracle. Se as negociações com a Sun já não iam muito bem, agora tudo tende a recomeçar do zero com a Oracle.
Com essa venda, surgiu mais um ingrediente obscuro no já boicotado mundo da interatividade na TV digital brasileira

Fonte :

http://www.valdecir.tv.br/

Brasil e Peru assinam acordo de TV digital na próxima semana

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, confirmou há pouco durante entrevista coletiva que na próxima semana irá se encontrar com o presidente do Peru, Alan Garcia, em Rio Branco (AC), para assinar o documento oficial no qual o governo peruano irá adotar o padrão nipo-brasileiro de TV Digital. Em seguida, Costa deverá embarcar para o Chile, onde deverá participar de um debate com deputados e senadores chilenos sobre o sistema.

O ministro acredita que o País também caminha para a adoção do padrão brasileiro. "Com isso toda a indústria de base eletroeletrônica no Brasil será beneficiada e esta será uma abertura muito grande para a indústria brasileira", afirmou Costa.

O ministro informou que a intenção é fazer com que o Brasil seja o principal fornecedor do padrão na América do Sul e lembrou que o País já conseguiu atingir um ponto no qual a produção dos televisores com tela de LCD e plasma já superaram a produção de TV de tubo. "Todo o mercado latino americano é tão importante quanto o europeu", avaliou.

Costa defendeu, no entanto, mudanças na Lei de Informática brasileira, que estabelece as regras de incentivos fiscais para os produtores de bens e serviços de informática e automação, mas que acaba beneficiando apenas as indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus, a despeito de outras regiões do País. De acordo com ele, a região de Santa Rita do Sapucaí (no sul de Minas) produz e exporta transmissores e conversores, mas não têm 85% dos descontos concedidos às indústrias da Zona Franca.

"Temos que convencer o governo de que a TV Digital é uma realidade e precisamos fazer esse conversor em qualquer lugar do território nacional", apontou. Segundo o ministro, a Lei deverá ser revista em 2012, mas a discussão pode ser antecipada. No entanto, a grande dificuldade será arregimentar apoio dos parlamentares das outras regiões do Brasil, já que a grande maioria da bancada de deputados no Norte e nordeste vota em bloco.

O Brasil adotou o padrão japonês de TV digital em 2006 e incorporou a esse sistema inovações tecnológicas brasileiras. Hoje, 16 cidades do Brasil já têm transmissão de TV digital. Costa participou de uma reunião hoje com empresários mineiros na sede da Federação das Indústrias de Minas (Fiemg), no qual demonstrou que o setor de telecomunicações brasileiro não chegou a ser prejudicado pela crise financeira internacional.


Fonte : Último Segundo - IG

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/04/24/costa+brasil+e+peru+assinam+acordo+de+tv+digital+na+proxima+semana+5734947.html



segunda-feira, 13 de abril de 2009

TV Globo apresenta estratégias

9 Abr 2009
TV Globo apresenta estratégias
Publicado por Valdecir Becker sob Informação

A TV Globo lançou ontem novos programas e apresentou as estratégias para 2009. Entre os destaques das estratégias estão as novas mídias e novas formas de comunicação. Além de reforçar a produção de conteúdo exclusivo para celulares, a emissora aposta na distribuição de conteúdos da programação em telas dentro de ônibus, táxis e outros pontos públicos da cidade de São Paulo. O projeto ainda está embrionário, na fase de pré-testes, e envolve parceria e cooperação com as empresas de mídia indoor existentes atualmente.

Além disso, a emissora reforçou a importância do HDTV. Até o início da copa do mundo do ano que vem, o sinal digital da Globo deve chegar a 50% da população. Será um momento chave de uso das mídias atuais para alavancar a venda de receptores. Até o final de 2009 todos os jogos de futebol estarão em alta definição.

Junto com a aposta na alta definição, a interatividade também teve destaque, sendo apresentada pela primeira vez de forma institucional. Apesar dos problemas e atrasos envolvendo a definição do Ginga, a emissora desenvolveu internamente um portal mesclando informações e serviços, cujo leiaute ocupa a parte adicional do formato 16X9. Uma parte da aplicação foi apresentada ontem: na novela Caminho das Índias o aplicativo permite acessar descrições dos personagens e resultados de enquetes. Feita em NCL e Lua, a aplicação ainda não usa canal de retorno.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Decisão Forum SBTVD - GINGA-J com JavaDTV

Finalmente saiu a posição do Fórum do SBTVD sobre o que vai ser o middleware Ginga. Por 12 votos a favor da especificação desenvolvida pela Sun, contra apenas um voto a favor de Ginga-NCL mais Lua, o middleware brasileiro será um misto de tecnologia nacional e norte americana. A parte declarativa foi desenvolvida pela Puc-Rio e a parte procedural pela Sun Microsystems, que está prestes a ser vendida para a IBM.O acerto ou erro dessa decisão ainda será fruto de muita discussão no futuro. O que fica por hora é a certeza de que finalmente a interatividade deverá deslanchar no país, com a maioria eslagadora das aplicações desenvolvidas em NCL e LUA. Pelo menos no começo.

fonte:
www.valdecir.tv.br

sábado, 4 de abril de 2009

Brasília será a próxima cidade a receber sinal de TV digital no país

Brasília será a próxima cidade a receber sinal de TV digital no país

Redação Portal IMPRENSA
Brasília será a próxima cidade do país a receber tecnologia para transmissão de canais em sinal digital. No dia 22 de abril, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, assinará os termos de consignação com as emissoras da cidade. O governo do Distrito Federal planejava construir uma torre projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer para abrigar os transmissores.
No entanto, a demora do projeto fez com que as emissoras utilizassem outras torres. Segundo a Folha Online, a TV Globo, por exemplo, usará a torre da Companhia Energética de Brasília (CEB). A TV Justiça já transmite a programação em sinal digital em caráter experimental

Fonte :
Portal da Imprensa

http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2009/04/03/imprensa27228.shtml

Aparelho da Topfield sintoniza e grava TV digital

Aparelho da Topfield sintoniza e grava TV digital

Este aqui é o equipamento dos sonhos de quem é viciado em televisão. O TF 7700PVR-Tb, da Topfield, é o 3-em-1 do vídeo, pois sintoniza TV digital, grava a programação e ainda funciona como um player para arquivos em XviD e DivX.Nos testes do INFOLAB, a recepção dos canais abertos foi espetacular. O aparelho transmitiu conteúdo em alta definição e gravou praticamente com a mesma qualidade de quando estávamos assistindo ao vivo. Todos os programas ficam armazenados num HD interno de 250 GB, mas não é possível editar o material.Todos os conectores de áudio e vídeo estão na parte de trás. Há uma porta HDMI, a melhor interface para mandar conteúdo digital para a televisão, além de conexões vídeo componente, composto e uma saída digital óptica, interessante para quem for ligar o aparelho num home theater.
Na frente, há uma porta USB, que serve para você plugar um pen drive e rodar filmes em DivX e XviD e também músicas em MP3. Dá para controlar tudo pela TV, mandando o som para um home theater. O aparelho tem todas as funções típicas dos DVRs e seus menus são amigáveis. A decepção é a falta de suporte a legendas em arquivos .srt.O equipamento possui, ainda, uma porta de rede. Por ela, você pode conectar o player a um roteador e acessar seu gerenciador por uma interface web. De qualquer browser, é possível programar a gravação de alguma coisa na televisão. O software também serve para fazer o upload de arquivos de áudio e vídeo.Vale lembrar que, como todo sintonizador de TV digital, este produto da Topfield depende de uma antena UHF para captar o sinal. Mas ela não acompanha o aparelho, que tem preço sugerido de 1 700 reais.
Fonte :
Info Abril